Está cada vez mais difícil conviver com as pessoas?

por Bauer Orcina em 22 de maio de 2018

Sob o ponto de vista psicológico há uma origem do porque é difícil aceitar as pessoas como elas são. E, a resposta para cada um que lê este texto pode ser comprovada: temos dificuldade de aceitar os nossos pais como eles são e, muitas vezes, aceitar como somos. O resultado disso: temos dificuldade de aceitar a vida como ela tem se apresentado e as pessoas como elas são.

Por mais que seja trabalhoso aceitar, por exemplo, a convivência com uma pessoa difícil, a nossa capacidade ou incapacidade de tolerar isso vem de algo do nosso interior. Se vivemos um conflito com a vida, com nós mesmos e, em especial, com um ou ambos os nossos pais, projetaremos isso nas demais pessoas. A vida externa é pesada na mesma proporção da vida interna que cada um de nós carrega. É assim!

Com as feridas que carregamos muito facilmente nos machucamos em nossas convivências diárias. As palavras que ouvimos e não gostamos, as atitudes que vemos e não aceitamos. Vamos ficando mais desconfiados, impacientes, agressivos e isolados. Mas, se olharmos para dentro de nós mesmos, se tivermos a coragem de fazer isso, perceberemos que não é a outra pessoa a principal responsável pelas nossas desilusões em nossas convivências. Portanto, para que melhor convivamos com as demais pessoas, precisamos antes disso, reaprender a conviver com nós mesmos e com a nossa história familiar.

Há uma história que eu gosto muito e compartilho com vocês: é sobre Napoleon Hill e Andrew Carnegie.

Andrew nasceu na Escócia, em 1835. Filho de pais muito pobres, mudou para os Estados Unidos ainda criança e, aos 12 anos, onde começou a trabalhar em uma fábrica ganhando apenas 1 dólar por semana. Conta as notícias que ele teve uma das maiores ascensões no mundo dos negócios já vistas. E, as boas línguas dizem que Andrew Carnegie ainda é o homem mais rico de todos os tempos.

Nos negócios era um homem exigente. Na vida pessoal, generoso. Toda a sua fortuna serviu também para construir obras importantes como a Universidade de Carnegie Mellon e o grande teatro Carnegie Hall em Nova York. Ainda assim, seu maior legado não está nos bens materiais, mas, uma ideia sobre o sucesso das pessoas e das relações. Iniciou uma parceria com Napoleon Hill, pedindo a ele que entrevistasse pessoas bem sucedidas e observasse o padrão oculto nessas pessoas. ‘Como ser alguém de sucesso não apenas nos negócios mas, também como ser humano’. Napoleon Hill dedicou 20 anos de sua vida a entrevistar e investigar essas pessoas. (Você pode encontrar o resultado desses estudos no livro ‘A lei do triunfo’, publicado em 1925).

Napoleon estudava “A capacidade de um indivíduo de alcançar a excelência de si mesmo, de transformar sua vida naquilo que sempre sonhou e de contribuir de uma maneira significativa para o mundo ao seu redor. ”

É disso que falamos neste texto. O interesse em ter sucesso na convivência consigo mesmo e, a partir disso, contribuir para o seu entorno.

Concluo com uma frase de Andrew: “Se você tem a meta de alcançar um milhão de dólares e triunfar, seu maior prêmio não será o dinheiro, mas a sua transformação pessoal, a pessoa que você teve que se tornar para conseguir chegar lá”. Portanto, respire melhor, tenha paciência consigo mesmo, você demorou muito para ser quem você é agora. Mudanças exigem tempo e continuidade. E, nunca é demais pedir ajuda: para amigos e também para um profissional. Não precisamos dar conta de tudo sozinhos.