Convivência

Não podemos brincar lá fora. E agora?

por BRCondos em 25 de junho de 2021

Com a pandemia, muitas famílias ficaram em isolamento no apartamento, sem poder levar seus filhos ao playground ou ainda o espaço de convívio do condomínio. Com isso, os pequenos estão com energia acumulada buscando brincadeiras para se divertir, muitas vezes de forma perigosa. Portanto, em casa, devemos ter alguns cuidados para evitar que acidentes aconteçam. Acidentes domésticos com crianças acontecem principalmente quando elas estão sem supervisão de um adulto.  

A cozinha é um espaço da casa em que a criança não deve estar sem supervisão, pois há vários perigos: cortes, ingestão de produtos químicos, quedas e queimaduras.

Além da cozinha, existem outros espaços que podem se tornar perigosos para os pequenos, como a exposição ao risco de queda quando subir ou brincar no sofá, na cama ou outros móveis. Armários e gavetas merecem atenção, pois podem facilmente provocar esmagamentos. As crianças também podem prender a cabeça ou outros membros em espaços pequenos, como vãos de cadeiras, grades de proteção e portões. 

Há ainda os perigos de afogamentos em piscinas, banheiras, e baldes na área de serviço.

Crianças bem pequenas experimentam e aprendem sobre o mundo usando principalmente o paladar e o tato. Assim tudo o que lhes chama atenção elas tentam pegar, cutucar ou levar à boca. Por isso,  não devemos deixar ao alcance: brinquedos muito pequenos como LEGO´s que se desmontam, ou ainda, objetos como anéis, brincos, pulseiras, etc. 

O que propor aos bebês?

Se você estiver em Home Office procure deixar o bebê próximo, dentro do cercadinho ou com uma proteção que o impeça de engatinhar para outros locais onde não possa vê-lo, lembre-se de observar quais os brinquedos que estão ao alcance dele. 

Bebês são criativos e curiosos, por isso, deixe objetos chamativos e não apenas brinquedos, potes de tamanho médio, mordedores, tampas, caixas e outras distrações, para eles poderem aprender e descobrir e experimentar com segurança.

O que propor às crianças a partir de 2 anos?

Esta é uma fase difícil, fase em que elas começam com as birras, muitas vezes desafiando os comandos dos pais na hora de se alimentar, tomar banho, sair e dormir. Sendo assim, já assumem alguns riscos e irão procurar entretenimento em toda a casa sem ter a noção do perigo. 

Nesta fase é preciso paciência e insistência na hora de ensinar e dar limites, não ceder aos choros e birras, pois a criança está testando qual é o seu limite e descobrindo o dela, a sua própria autonomia. Expor as condições, negociar, dar um tempo à criança para que ela se resolva sozinha são táticas importantes para essa etapa. Cabe ao adulto o dever de ajudá-la a entender as regras da casa com respeito e amor. Manter a rotina é importante, pois ajuda no controle emocional. 

Elas adoram imaginar, criar e brincar com diversos brinquedos ao mesmo tempo, criar cabanas com cadeiras, pintar com giz de cera, montar. É interessante deixar um espaço da casa disponível onde ela possa deixar os brinquedos no chão e pegar outros sem correr riscos.

Até os 4 anos é preciso atenção constante dos pais ou de uma babá, tanto para evitar acidentes como para ensinar o que é certo ou errado e as consequências desta atitude, pois a formação de caráter e da consciência está acontecendo a todo momento.

O que propor às crianças a partir de 5 anos?

Aparelhos eletrônicos, com duração máxima estabelecida conforme a faixa etária. Jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, pintura na parede (pode-se colocar papel craft na parede e deixar livre à criatividade), massa de modelar, um espaço livre para brincar com bolas, e ainda, colocar um colchão no chão para pular e descansar suprindo a sensação de ficar à vontade.

O principal é: se tem criança envolvida, sempre terá brincadeira, muita energia e criatividade, portanto a sua casa pode ser o lugar onde ela irá investigar, pesquisar e experimentar com tudo o que há dentro dela. Logo, a atenção deve ser constante inclusive quando voltarmos a ocupar as áreas de recreação social.

Por Anne Catherine Maciel de Oliveira

@educakate